Tenho muito amor pela instituição, diz maestro João Leite

Nascido e crescido em Piracicaba, no bairro Vila Rezende, o maestro João Leite, trombonista das Orquestras Sinfônica de Campinas e da Unicamp, contou sua trajetória na antiga Guarda Mirim, hoje, Instituto Formar e o quanto a entidade foi importante para sua transformação cidadã e social.
 
Em 1976, no Desfile de 7 de Setembro foi quando o menino João viu pela primeira vez a Banda da Guarda Mirim. “Nesse evento desfilavam todas as escolas da cidade e foi quando vi e já falei pra minha mãe que queria tocar naquela banda”, relembrou.
 
Logo em seguida, aos 11 anos, João Leite foi admitido na instituição. Tudo começava naquele momento, uma vida nova e sua trajetória profissional. “Tenho muito amor pela entidade e até hoje tenho o Comandante Frederico Ciappina como um pai para mim”, declarou. Vindo de uma humilde família, João Leite afirma que foi na instituição que aprendeu noções básicas como escovar os dentes, os cabelos, cuidar da imagem, a se comportar e a se expressar. 
 
Seu sonho de integrar a Banda João Romeu Pitolli estava apenas no início. “Como eu era leigo, para mim qualquer instrumento era trombone, mas o que eu queria mesmo tocar era o saxofone, mas eu não sabia falar”, disse o maestro. 
 
Além de aprender a tocar instrumentos na banda, João cursava escola regular e no Instituto Formar passou pelas primeiras experiências profissionais. A primeira foi na assessoria de imprensa da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). “Na Unimep fiquei um bom tempo, aprendi muito naquele departamento e me lembro que entregava o jornalzinho na cidade toda e, ser chamado de guardinha para mim era uma honra”, lembra.
 
Os novos hábitos, disciplina e comportamento exemplar foram destacados pelo ex-aprendiz. “Na Guarda Mirim éramos treinados para ajudar o próximo, para sermos cavalheiros, para respeitar os mais velhos e os mais fracos”, contou.
 
Após seu período na Unimep, João Leite trabalhou na Prefeitura de Piracicaba, no Setor de Contabilidade. 
 
Ativo e curioso, João estava em quase todas as atividades da instituição, onde além da música, gostava de participar do esporte, na época os times de futebol da Guarda Mirim eram muito fortes e atuantes na cidade.
 
Destaque na banda comandada por João Romeu Pitolli, o ex-aprendiz, ainda adolescente foi morar em Tatuí para estudar no Conservatório Musical Dr Carlos de Campos onde formou-se em Trombone e Bombardino. Em 1982 venceu o Prêmio Jovem Solista no Brasil e, em 1985 já era membro da Orquestra Sinfônica de Campinas. “Comecei a trabalhar em apresentações por cachê tanto na Sinfônica como em bandas de baile em São Paulo, criei uma versatilidade para tocar do popular ao erudito”.
 
Há mais de 30 anos na Orquestra Sinfônica de Campinas, João Leite é professor e dá aulas e masterclasses pelo Brasil. Sua paixão pela formação musical em crianças e jovens é latente e, já participou do Projeto Unibanda da Unicamp, ajudou a formar a Banda Escola de Charqueada, trabalhou por 12 anos no Projeto Criança Ativa em Ipeúna e na Banda Escola Municipal de Santa Maria da Serra. João Leite também atuou nas cidades de Pedreira, Jaguariúna e Amparo com aulas para crianças. “A música só acontece bem de forma coletiva e para tocar bem tem que ter disciplina, a música tem o poder de te trazer conhecimento e autoconhecimento”, enaltece.
 
Para os aprendizes, João Leite afirma que todos devem confiar em si e nos professores e que as oportunidades temos que criar. “Não percam tempo achando que tudo vai acontecer, criem as chances, se você acredita, você acontece”, finaliza.
 
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