Gostaria que tivesse um Instituto Formar em cada bairro

Nascida em Piracicaba em 1967, a Chefe do Estado Maior do CPI9, Adriana Cristina Sgrineiro Nunes, viveu sua infância em diversos bairros da cidade.
 
Irmã mais velha de quatro irmãos, Adriana sempre se despontou com uma pessoa batalhadora e que sempre olhou para o futuro com positividade. O pai, motorista de caminhão e a mãe, cozinheira, criaram todos os filhos com dificuldade e também com muita dignidade. 
 
Deste modo, a tenente coronel Adriana Sgrineiro, ex-aprendiz da Guarda Mirim à época, relembra como conheceu a instituição. “Meu tio José Valdir Sgrineiro foi um guardinha, através dele, eu e minha família conhecemos e, a situação financeira também me levou para a instituição aos 11 anos de idade”, conta.
 
Desta época, a comandante Adriana lembra que os adolescentes aprendiam muitas atividades, entre elas, datilografia, ordem unida e música. Seu primeiro trabalho pelo Instituto Formar foi em um escritório de advocacia, logo depois no Serviço Odontológico Municipal, onde desempenhava diversas funções auxiliares.
 
Aos 12 anos, Adriana ingressou na Dedini Siderúrgica. “Fui a primeira guardinha a entrar nessa área nesta grande empresa que foi a Dedini, foi ali que eu acordei e, a convivência com outros escalões, diretores, me fez vislumbrar um novo mundo”, declarou.
 
Sua trajetória na instituição se encerrou aos 14 anos e, a partir daí, um novo caminho começou a ser trilhado na vida de Adriana. “Depois da Guarda Mirim tive uma vida bastante complicada e trabalhei de empregada doméstica à copista e, aos 18 anos prestei concurso para Polícia Militar e passei, aí começou minha carreira na polícia”, explicou.
 
Em 1987, Adriana Sgrineiro estudou na Escola de Soldado em Campinas e, após o término do curso, retornou a Piracicaba para desenvolver as funções normais de soldado. Já em 1990, ingressou na Academia de Política Militar do Barro Branco em São Paulo no curso de Administração de Polícia Ostensiva. “Na capital paulista atuei por 17 anos no comando de tropas com cerca de 300 homens, fui a primeira mulher Chefe de Operações da PM de São Paulo”, disse a comandante.
 
A importância e o investimento nos estudos foi destacado pela comandante Adriana Sgrineiro que também é bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade Cidade de São Paulo e mestra em Ciências Policiais e Administração da Ordem Pública pelo Centro de Altos Estudos Superiores da PMESP.
 
Após esse período na capital, a tenente coronel Adriana voltou para Piracicaba em 2007. “Sempre identifico e estou atenta às oportunidades e, foi assim que recebi um convite para voltar para minha terra natal”.
 
Para ela, o Formar foi um divisor de águas em sua vida. “A Guarda Mirim me fez enxergar que existem outros heróis, além desses falsos que vivem por aí, sempre digo que gostaria que tivesse um Instituto Formar em cada bairro e que os jovens não podem desperdiçar essa grande oportunidade que a instituição oferece”, declara.
 
A tenente coronel Adriana Sgrineiro salienta que o que mais vale é saber aproveitar as chances e, a disciplina e a questão de que há vida além do bairro em que moramos foram vivências na Guarda Mirim que são inesquecíveis. “Todos nós temos obrigação de mostrar um novo caminho para os jovens, mas aproveitar as oportunidades, ter força de vontade e o querer são fundamentais para esta nova direção”, conclui.
 

Tags: No tags

Add a Comment

You must be logged in to post a comment